Um filme baseado em uma das clássicas sagas de Stephen King deixa os fãs decepcionados
É complicado falar a respeito de um filme que foi adaptado de uma saga literária de ninguém menos que Stephen King. Aliás, só por ter o nome de um obra de King, já faz as vendas dos ingressos. Mas essa foi mais uma triste adaptação de um livro.
Assim como a saga literária demorou para ser finalizada, cerca de 34 anos, sendo o primeiro livro lançado em 1970 e o último lançado em 2004 (fora os contos estendidos lançados posteriormente). O filme demorou basicamente o mesmo tempo para ser reproduzido.
O filme passou pelas mãos de vários cineastas e por vários estúdios diferentes, como Paramount, Universal, LionsGate e finalizou nas mãos da Sony. Várias produções diferentes foram criadas para o filme, inclusive uma proposta de uma série para a TV.
Porém acabou virando esse único filme cheio de informações mas sem nenhuma informação, se é que me entendem. Afinal, o filme tenta te mostrar em apenas 1h e 35min o que se passa no decorrer de 7 livros (!?).
Quem já leu os livros vai gostar um pouco mais, por já ter uma certa intimidade com esse mundo criado por King, o leitor vai entender melhor a história do filme, vai se identificar mais com o enredo e vai saber das tramas por trás da história que se passa na telona. Mas ainda assim, deixa a desejar, afinal, um leitor quer ver o máximo dos detalhes retratados nos livros.
Mas para quem nunca teve contato com a saga literária de King, o filme se torna uma bagunça completa. Quem nunca leu os livros da saga ficará completamente perdido na história do filme e será engolido por tantas informações sendo rapidamente despejadas sem dar tempo de digerir e criar afeto por algum personagem do enredo.
No entanto, o que salva o longa são os atores escolhidos como Matthew McConaughey e Idris Elba, que dão um show de interpretação, como já é de se esperar de atores desse calibre.
Mathew, que interpreta “O homem de preto”, sempre mergulha de cabeça em cada papel que faz, estuda seu personagem a fundo e o interpreta com maestria. Ele interpreta um homem frio e calculista que faz o que for preciso para alcançar seu objetivo. E o ator demonstra essa frieza do personagem pela expressão, ele não esboça nenhum tipo de sentimento.
Idris, que interpreta “o pistoleiro”, vai ainda mais fundo, você sabe o que o personagem está sentindo só pelo olhar dele. É um personagem cheio de dores internas que não são ditas mas você sente o sofrimento interno dele pelo olhar. Os olhos dele chegam a brilhar em profunda tristeza e revolta, com uma constante luta interna.
Mas o fato é que o longa deixa muito a desejar justamente por se tratar de uma história de Stephen King, sempre cheias de mistério, fantasias, mundos bizarros e um enredo que aprisiona a nossa mente.
“A Torre Negra” se tornou apenas mais um filme infanto-juvenil, uma história de fantasia sem grandes profundidades no seu enredo.
Se quiser saber mais sobre a sinopse, o trailer e os horários desse filme nos cinemas de Goiânia, acesse a ficha técnica do filme “A Torre Negra (The Dark Tower) – 2017”
Texto por Mayara Scalon
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